A exposição de artes visuais “A Selva que nos habita” principia a iniciativa “Letras, Imagens & Circularidades” idealizada pelo “Projeto Sentir a Amazônia em Portugal”.
Ao longo do percurso do Projeto dirigi o olhar para muitas imagens, decodifiquei inúmeros textos, em sequência ou em contextos distintos, e num momento, “observei” a selva que nos habita.
Desejei partilhar esse… lugar? faculdade? instinto? Haverá conceito que defina?
“Letras, Imagens & Circularidades” abriu-se ao encontro desse desejo de partilha e interação
enquanto proposta criativa e transdisciplinar de documentação e pesquisa de imagens em diálogo
com a literatura. Iniciativa situada no campo de estudos das humanidades ambientais a interagir com outros ramos, como a Ecocrítica, a Ecolinguística, a Ecologia Cultural e a História Ambiental.
Um exercício visual poético de expansão da consciência resgatando a floresta como um ser vivente, acolhedora de muitos outros seres em distintos olhares, diferentes geografias e espaços temporais.
Criação e curadoria: Lau Zanchi
Audio descrição:
Pensar a fotografia contemporânea na Amazônia é, antes de tudo, um exercício de memória, no qual a contextualização da produção recente do/as autores/as dentro da história da fotografia é fundamental.
A exposição de arte visual aqui patente, “A Selva que nos Habita”, propõe um equilíbrio entre o documental e o contemporâneo, entre o local e o estrangeiro, entre a fabulação e a realidade. Selecionei trechos da primeira edição de A Selva e a partir da técnica de dupla exposição direta na câmara, propus uma “conversa da contradição” entre dois artistas portugueses contemporâneos entre si (início do século XX), Ferreira de Castro e o fotógrafo Silvino Santos, que imprimiram narrativas opostas sobre a Amazónia. Na escrita do romance está retratada toda a dor, violência e injustiça do ciclo da borracha sentida pelo escritor enquanto trabalhou no Seringal Paraíso. Nas imagens, o fotógrafo de certa forma foi um criador da narrativa do capital e alimentou o fausto amazónico do ciclo da borracha. A tela de borracha foi minha escolha simbólica para imprimir essa conversa da contradição.
Leia o texto na integra
Alberto César Araújo
Audio Descrição:
Primeiras edições de A Selva- Biblioteca Pública do Amazonas, em Manaus
4 imagens 30 X 40 cm
Fotografia digital – Impressões em K-Line
2023.
Audio descrição:
Série: A selva que nos habita
12 imagens: 42 X 42 cm
Fotografia digital em dupla exposição (captação direta) de imagens do acervo Silvino Santos (Museu Amazônico) e das obras raras de Ferreira de Castro (Biblioteca Pública do Amazonas)
Impressões em manta de látex
2023.
Audio descrição:
Série: A selva que nos habita
12 imagens: 42 X 42 cm
Fotografia digital em dupla exposição (captação direta) de imagens do acervo Silvino Santos (Museu Amazônico) e das obras raras de Ferreira de Castro (Biblioteca Pública do Amazonas)
Impressões em manta de látex
2023.
Audio descrição:
Série: A selva que nos habita
12 imagens: 42 X 42 cm
Fotografia digital em dupla exposição (captação direta) de imagens do acervo Silvino Santos (Museu Amazônico) e das obras raras de Ferreira de Castro (Biblioteca Pública do Amazonas)
Impressões em manta de látex
2023.
Audio descrição:
Série: A selva que nos habita
12 imagens: 42 X 42 cm
Fotografia digital em dupla exposição (captação direta) de imagens do acervo Silvino Santos (Museu Amazônico) e das obras raras de Ferreira de Castro (Biblioteca Pública do Amazonas)
Impressões em manta de látex
2023.
Audio descrição:
Série: A selva que nos habita
12 imagens: 42 X 42 cm
Fotografia digital em dupla exposição (captação direta) de imagens do acervo Silvino Santos (Museu Amazônico) e das obras raras de Ferreira de Castro (Biblioteca Pública do Amazonas)
Impressões em manta de látex
2023.
Audio descrição:
Série: A selva que nos habita
12 imagens: 42 X 42 cm
Fotografia digital em dupla exposição (captação direta) de imagens do acervo Silvino Santos (Museu Amazônico) e das obras raras de Ferreira de Castro (Biblioteca Pública do Amazonas)
Impressões em manta de látex
2023.
Audio descrição:
Série: A selva que nos habita
12 imagens: 42 X 42 cm
Fotografia digital em dupla exposição (captação direta) de imagens do acervo Silvino Santos (Museu Amazônico) e das obras raras de Ferreira de Castro (Biblioteca Pública do Amazonas)
Impressões em manta de látex
2023.
Audio descrição:
Série: A selva que nos habita
12 imagens: 42 X 42 cm
Fotografia digital em dupla exposição (captação direta) de imagens do acervo Silvino Santos (Museu Amazônico) e das obras raras de Ferreira de Castro (Biblioteca Pública do Amazonas)
Impressões em manta de látex
2023.
Audio descrição:
Série: A selva que nos habita
12 imagens: 42 X 42 cm
Fotografia digital em dupla exposição (captação direta) de imagens do acervo Silvino Santos (Museu Amazônico) e das obras raras de Ferreira de Castro (Biblioteca Pública do Amazonas)
Impressões em manta de látex
2023.
Audio descrição:
Série: A selva que nos habita
12 imagens: 42 X 42 cm
Fotografia digital em dupla exposição (captação direta) de imagens do acervo Silvino Santos (Museu Amazônico) e das obras raras de Ferreira de Castro (Biblioteca Pública do Amazonas)
Impressões em manta de látex
2023.
Audio descrição:
Série: A selva que nos habita
12 imagens: 42 X 42 cm
Fotografia digital em dupla exposição (captação direta) de imagens do acervo Silvino Santos (Museu Amazônico) e das obras raras de Ferreira de Castro (Biblioteca Pública do Amazonas)
Impressões em manta de látex
2023.
Audio descrição:
Série: A selva que nos habita
12 imagens: 42 X 42 cm
Fotografia digital em dupla exposição (captação direta) de imagens do acervo Silvino Santos (Museu Amazônico) e das obras raras de Ferreira de Castro (Biblioteca Pública do Amazonas)
Impressões em manta de látex
2023.
Audio descrição:
Imagens fotográficas convertidas em carimbos de linóleo. Ação realizada a partir de Residência artística promovida pelo Coletivo Suspended Spaces em parceria com a Associação Fotoativa.
Uma série de 12 imagens que revelam diferentes matrizes que compõem a visualidade de Fordlândia, pequena vila fundada por Henry Ford no ano de 1928 na região do médio Tapajós – estado do Pará. Transformadas em carimbos a partir de fotografias, essas referências – tanto da presença americana na região quanto de elementos de uma cultura genuinamente local –, podem ser reorganizadas em um jogo de combinações que estimula a reflexão sobre a identidade do lugar. O trabalho ganha a forma de um estojo composto por 12 carimbos. O trabalho foi incorporado como material didático pela Escola Municipal de Ensino Fundamental e Médio Princesa Izabel, da vila de Fordlândia.
Audio descrição:
Clarice Lispector
Até hoje, as alterações climáticas não são mais do que uma preocupação comum sem uma solução comum, porque o bem comum que nos une a todos – o Sistema Terrestre – não é juridicamente reconhecido como um bem deveria pertencer a todos e a todas as gerações – uma res communis. Como é uma coisa de ninguém – res nullius – a Atmosfera e o Oceanos, transformaram-se na lixeira da humanidade, que a Amazónia sempre limpou e continua a limpar. Mas o níveis de poluição acumulados são tão elevados, que alteraram as condições para a Amazónia poder continuar a prestar os seus serviços de suporte da vida, transformando-a também numa vítima. Alterar esta situação, e salvar a Amazónia, que é sinónimo de salvar a vida, implica que a Atmosfera e os Oceanos – isto é, o que o “aspeto funcional” do Planeta – o sistema Terrestre – não seja coisa de ninguém, uma lixeira, e se transforme num bem que pertence a todos, e que deve ser gerido no interesse de todos.
Quando o software do Sistema Terrestre está a funcionar bem, resulta num clima estável. Por isso, é que a Lei Portuguesa do Clima, tem como objetivo o reconhecimento do Clima Estável como Património Comum da Humanidade, para que os serviços de ecossistema sejam contabilizados e visíveis na economia, bem como tudo o que se faz de negativo. Este modelo de governança de um bem comum global, de forma sobreposta com os territórios dos Estados-Nação, é um Condomínio. O CONDOMÍNIO DA TERRA, é precisamente o reconhecimento da existência de bens comuns de forma sobreposta com os Estados-Nação, só que como estes bem comuns são funcionais e intangíveis (Software), não é necessário desconstruir o principio da soberania territorial dos Estados (Hardware). Antes pelo contrário, os Estados-Nação sem o sistema comum da funcionar bem, não podem exercer plenamente os seus poderes soberanos. Por isso, o CONDOMÍNIO DA TERRA é uma interdependência organizada.
Paulo Magalhães
Audio descrição:
Da série: O Condomínio da Terra
Foto Maçarico – O equilíbrio do movimento
Do Sistema Terrestre no seu todo, até ao pequeno Maçarico, o movimento, com as suas energias e inércias, é suporte de um equilíbrio em permanente evolução e adaptação.
Tamanho A1
Impressão em K-Line.
Audio descrição:
Mural da Resistência
2,7m X 2,5 m
Colagem de fotografias digitais – Impressões em papel lambe
Locais: Diversos
Data: diversas – Acervos das autoras.
O painel intitulado “Mural da Resistência” será montado no dia 20 de abril, a montagem contará com a participação do indígena do povo Pira-tapuya, o estilista e pesquisador Sioduhi.
A Forbidden Stories é uma organização sem fins lucrativos fundada pelo premiado jornalista e cineasta Laurent Richard. Em 2015, ao chegar ao trabalho, no escritório em frente ao Charlie Hebdo em Paris, Laurent encontrou os colegas jornalistas daquele jornal satírico massacrados por terroristas. Esta experiência convenceu-o da necessidade de uma resposta jornalística aos crimes cometidos contra a imprensa.
Desde a sua criação, 60 organizações de notícias e mais de 150 jornalistas – de 49 países diferentes e de cinco continentes – trabalharam nas investigações colaborativas coordenadas pela Forbidden Stories.
A organização promove a colaboração entre jornalistas para terminarem a missão de repórteres que foram impedidos de investigar. Ou porque foram mortos ou porque foram perseguidos.
O objetivo é manter as histórias desses repórteres vivas, garantindo que um número máximo de pessoas tenha acesso a informações independentes sobre temas cruciais, incluindo o ambiente, a saúde, os direitos humanos e a corrupção.
Para cada investigação, reúne-se um consórcio de meios de comunicação locais e internacionais para investigar de forma aprofundada e em larga escala.
O jornalismo colaborativo dá uma cobertura mundial às histórias. Elas são publicadas simultaneamente em meios de comunicação de vários continentes.
No caso dos homicídios do antropólogo e indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Philips em 2022 no Vale do Javari, território indígena do Amazonas, este consórcio reuniu jornalistas de 16 média de diversos países para dar continuidade ao trabalho de Philips.
Para o Projeto Bruno e Dom da Forbidden Stories, a SIC e o Expresso estabeleceram uma parceria com a agência de jornalismo independente Amazônia Real e, com o financiamento da Fundação Calouste Gulbenkian, foram até à Amazónia produzir reportagens e documentários sobre o garimpo de ouro e a reconstrução da estrada entre Porto Velho e Manaus. Já a Rede Globo foi até o local dos assassinatos um ano depois e reconstituiu os últimos passos de Dom e Bruno.
Audio descrição:
Alexandre Sequeira – Artista visual paraense, doutor em Arte pela UFMG e professor do Instituto de Ciências da Arte da UFPA. Desenvolve trabalhos que estabelecem relações entre fotografia e alteridade social, tendo participado de encontros de Fotografia, seminários e exposições no Brasil e exterior.
Ariene Susui – Jovem do povo Wapichana, ativista, atua desde os 14 anos no movimento indígena pela participação dos jovens e das mulheres nas discussões políticas, ambientais e educação. Cofundadora da Rede de Comunicadores Indígenas de Roraima Wakywai, graduada em Comunicação Social-jornalismo e Mestre em Comunicação pela UFRR. Participou da 1a. Oficina Jovens Cidadãs da Amazônia Real. Foi assessora de comunicação do Conselho indígena de Roraima e na assessoria da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab) e atualmente atua como jornalista independente.
Bruno Kelly – Fotógrafo, formado em jornalismo, pela UNIVAP (Universidade do Vale do Paraíba). Se mudou para Manaus em 2009, onde desenvolve trabalhos ligado a temas socioambientais. O profissional colabora para veículos de imprensa do Brasil, como a Amazônia Real e Folha de São Paulo e do exterior Agência Reuters e para ONGS, como ISA, Greenpeace, entre outras que atuam em prol da floresta Amazônica e de suas populações tradicionais. Em 2021 lançou o livro, Arapaima, que retrata o manejo comunitário do Pirarucu, realizado pelas populações ribeirinhas do Amazonas. Fotojornalista dos mais premiados com destaque para Pictures Of Year POY 2024 na categoria Local News.
Jarê Pinagé – Nascido nas águas do rio Amazonas, Transkurumim é um jovem artista indígena trans-amazônida que tem se dedicado a pesquisar e utilizar diversas encantarias da arte para retratar sua raiz e ancestralidade. Fotógrafo, Colagista e Diretor de Fotografia pela Academia Internacional de Cinema, Jarê aborda as múltiplas vivências e histórias de corpos originários do Brasil através de suas produções. Em suas obras, Jarê é criação e também criatura.
Juliana Pesqueira – Jovem diretora de fotografia amazonense, é subeditora de imagens da Amazônia Real, atua desde 2016 com movimentos e coletivos que pautam a comunicação popular como ferramenta de luta contra violações de direitos humanos. Desde 2017 trabalha desenvolvendo trabalhos jornalísticos de cobertura fotográfica e desenvolvendo ações de formações na área de comunicação popular para o fortalecimento de comunidades na região amazônica.
Marcela Bonfim – Fotógrafo, compositora, musicista, produtora cultural, a multiartista e economista paulista, radicou-se em Rondônia em 2010 e desde lá desenvolve trabalhos artísticos nas mais variadas expressões. Foi uma das vencedoras do Prêmio PIPA 2021. Criou o projeto (Re)conhecendo a Amazônia Negra: povos, costumes e influências negras na floresta. Estreada em 2016, a exposição de fotografias viajou por 13 estados brasileiros durante quatro anos e visava não apenas falar sobre a negritude da Amazônia, mas também propor novas formas de enxergar o corpo negro.
Márcia Kambeba – Geógrafa por formação, poeta, cantora, compositora, contadora de histórias, fotógrafa, a multiartista pertence ao povo Omágua/Kambeba, Em sua luta na literatura e na música, aborda, sobretudo, a identidade dos povos indígenas, territorialidade e a questão da mulher nas aldeias. Tem três livros publicados: Ay kakyri Tama – Eu moro na cidade, (Ed. Grafisa–2013); Saberes da Floresta (ed. Jandaíra-2020) e Kumiça Jenó: Narrativas Poéticas dos Seres da Floresta (2021).
Raphael Alves – Graduado em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo na Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Fotografia na Universidade Estadual de Londrina (UEL) e Artes Visuais no Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC) Obteve também o título de Master of Arts em Fotojornalismo e Fotografia Documental na London College of Communication / University of the Arts, em Londres (ING).
Além de colaborar com agências e veículos nacionais e internacionais como a Amazônia Real e a Agência espanhola EFE, e Jornal Washington Post, é membro do projeto Everyday Brasil – (instagram.com/everydaybrasil). Seus projetos autorais são dedicados à compreensão do papel e posicionamento do ser humano no espaço dividido pela natureza e o urbano. Recentemente ganhou destaque no Prêmio Sony Awards Photography, na categoria documentário. Fotojornalista do Amazonas mais premiado internacionalmente, já ganhou prêmios em concursos, como o Picture of Year, POYi e no POY Latam.
Samela Saterê-Mawé – Jovem comunicadora indígena, influenciadora digital, ativista e bióloga de formação, é filha da líder Sonia da Silva Vilacio, do povo Sataré-Mawé, da Terra Indígena Andirá-Marau, no Baixo Rio Amazonas.. Artesã, é integrante da Associação de Mulheres Indígenas Sateré-Mawé (AMISM). Participa do Movimento dos Estudantes Indígenas do Amazonas (MEIAM) e na Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB).Apresentadora no canal Reload. Participou da primeira Oficina Jovens Cidadãos, em 2018. É comunicadora do Blog Jovens Cidadãos da Amazônia, da Agência Amazônia Real desde 2020.
Sioduhi – Fundador e criativo da Sioduhi Studio. Estilista e pesquisador de tecidos e tinturas naturais. Personalidade do Prêmio Fashion Futures 2023 pelo Instituto C&A, Vencedor do Concurso ECOAR pela Arezzo&Co, Categoria Processos (2023). Finalista do Prêmio ID BR na Categoria Trajetória Empreendedora (2023).
Cursa MBA em Negócios e Estética da Moda, Formado em Administração e MBA em Gerenciamento de Projetos. Indígêna do povo Pyra-Tapuya, do rio Uaupés, no Amazonas, o seu nome só pode ser entendido a partir da cosmovisão de seu clã: aquele que carrega o espírito ancestral de um baiá, responsável pelas cerimônias sagradas do Rio Uaupés. E seu povo, gente-peixe., é reverenciado em o seu trabalho artístico
CONVIDADOS
Denilson Baniwa – Nascido em Barcelos, no Amazonas, é indígena do povo Baniwa. Atualmente, vive e trabalha em Niterói, no Rio de Janeiro. Como ativista pelo direito dos povos indígenas, realiza, desde 2015, palestras, oficinas e cursos. Em 2018 realizou a Perfomance Pajé-Onça Hackeando a 33ª Bienal de Artes de São Paulo e realizou a mostra “Terra Brasilis: o agro não é pop!”, na Galeria de Arte da Universidade Federal Fluminense, também em Niterói, como parte do projeto “Brasil: A Margem”, promovido pela universidade. No mesmo ano, participou da residência artística da quarta edição do Festival Corpus Urbis, realizada no Oiapoque, no Amapá. Esteve em exposição no CCBB, Pinacoteca de São Paulo, CCSP, Centro de Artes Hélio Oiticica, Museu Afro Brasil, MASP, MAR e Bienal de Sidney. Além de artista visual, Denilson é também publicitário, articulador de cultura digital e hackeamento, contribuindo na construção de uma imagética indígena em diversos meios como revistas, filmes e séries de tv. Em 2019 venceu o Prêmio Pipa na categoria online, em 2021 foi um dos vencedores indicados pelo júri. Curador de exposições no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (Brasil) e no Getty Museum (Los Angeles, EUA). Em 2023 inaugura a individual “Moqueca de Maridos” n’A Gentil Carioca de São Paulo.
Luca Meola – Fotógrafo documentarista italiano, graduado em Sociologia, começa a colabora com algumas ONG como assistente social em contextos marginais. Durante todo o ano de 2003 viveu na Bolívia coordenando um abrigo para crianças de rua e nesse mesmo ano desenvolveu uma primeira reportagem fotográfica exibida posteriormente em alguns centros culturais italianos. De 2004 a 2010 exerceu ao mesmo tempo a atividade de investigador social na Codici, agência independente de Milão, e a atividade de fotógrafo.
Marilene Ribeiro – Artista visual brasileira, natural de Minas Gerais, radicada em Londres, sua prática está focada em questões contemporâneas, nomeadamente as agendas ambientais e de Direitos Humanos, com um olhar descolonial do Sul Global. Os seus projetos estão envolvidos na agência política da fotografia e no papel dos meios de comunicação baseados em imagens na sociedade. Ela foi treinada pela Magnum Photos e pela Central Saint Martins da University of the Arts London/UK, e possui um PhD em Creative Arts concedido pela University for the Creative Arts/UK. Ela foi indicada como uma das 12 mulheres fotógrafas a serem observadas em todo o mundo no PhMuseum.
Neide Bandeira – Historiadora de formação, ativista e indigenista que desde 1992 lidera a Associação de Defesa Etnoambiental Kanindé, cuja atuação se estende a 52 etnias indígenas. À frente da organização, esteve em expedições para prender invasores de terras e madeireiros ilegais e realizou diversas aproximações com povos até então isolados.
Nascida e criada em um seringal, mãe de Txai Suruí, jovem liderança indígena brasileira. Por incomodar poderosos, foi inúmeras vezes ameaçada de morte. Quando não está embrenhada na floresta. Conviveu com os indígenas Suruí, Juma e Uru-Eu-Wau-Wau, em Rondônia e Amazonas. Em 2022 foi uma das produtoras do filme O Território (National Geographic), o qual foi vencedor de dezenas de prêmios internacionais de cinema e de TV, entre eles o Emmy Awards, 2024.
Paulo Magalhães – Jurista e investigador do CIJ – Centro de Investigação Interdisciplinar em Justiça. É Licenciado em Direito pela Universidade Católica do Porto, pós-graduado em Direito do Ambiente pela Universidade de Coimbra e doutorado em Ecologia-Humana pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.
Em 2007, publicou “O Condomínio da Terra: das Alterações Climáticas a uma Nova Conceção Jurídica do Planeta”.
CURADORIA
Alberto César Araújo – Editor de Fotografia da Amazônia Real. Possui graduação em Comunicação Social pelo Centro Universitário do Norte, Uninorte-Laureate (2014). Tem experiência na área de Comunicação, com ênfase em jornalismo, fotojornalismo e artes visuais. Mestre pelo Programa de Pós-Graduação de Letras e Artes, Universidade do Estado do Amazonas, UEA. Repórter fotográfico profissional desde 1991, trabalhou para os principais veículos de imprensa nacional e internacional como fotógrafo freelance. Como editor de fotografia trabalhou para os jornais Amazonas Em Tempo, Diário do Amazonas. Participou de mais de 30 exposições coletivas e individuais com destaque para: Rural-Urban (Somerset House, Londres,2013) Ganadores del POY Latam (Centro Cultural Nigromonte, San Miguel de Allende, México, 2015) e Brics (OI Futuro, Rio de Janeiro, 2015). Curador das exposições “Amazônia, Os Extremos”; (2017) patrocinada por um prêmio concedido pela Missão Diplomática dos Estados Unidos no Brasil com apoio do Instituto Cultural Brasil-Estados Unidos (ICBEU-Manaus) e do Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (INPA); “Olhando por dentro da Floresta” (2018) no Icbeu Manaus; Atlas Momosyne (2019) Palacete Provincial em Manaus; I.Margens, na Galeria do Largo, em Manaus (2022) e “Amazónia, Amazónias Encantos e desencantos” com Lau Zanchi, no mbito Cultural El Corte Inglês, em Lisboa (2022). Vencedor dos prêmios Esso de Fotografia 2001, Dom Helder Câmara, 2000, Fapeam 2011, HSBC de Sustentabilidade, 2011 e POY Latam em 2013. Em 2020 lançou o livro de fotografia #Reffrisch pela editora Artisan Raw Books.
Lau Zanchi – É luso-brasileira residente em Portugal há três décadas e graduada em Direito pela Universidade de São Paulo. É membro integrado do CICS.NOVA, Centro interdisciplinar de Ciências Sociais da Universidade Nova de Lisboa enquanto investigadora/pesquisadora no doutoramento em Ecologia Humana. Sua tese procura identificar as representações sociais da Amazónia na mídia portuguesa e explora a mobilização socioambiental e a espetacularização associada a esse território. Tem formações em artes da fotografia no Brasil e concluiu em Portugal cadeiras na FCSH/Universidade Nova de Lisboa nas áreas do cinema (documentário, realização e guionismo) e Literatura na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Concluiu formações no Cenjor – Centro de Formação de Jornalistas em Lisboa em multimédia, comunicação, escrita criativa, investigação e escrita de não-ficção, criação de podcasts e outras. Publicou em coautoria com Ana Cristina Carvalho: “Amazónia: Reflexos do Lugar nas Literaturas Portuguesa e Brasileira” pela editora portuguesa Colibri. Trabalhou como fotógrafa de cena e produtora em diversos projetos de realizadores portugueses, entre eles, António Pedro Vasconcelos. Dirigiu por seis anos o Centro Europeu de Artesanato Brasileiro em Portugal em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos/ApexBrasil. Desenvolveu a curadoria de projetos de artes visuais e economia criativa. Criou e faz a curadoria desde 2014 do “Projeto Sentir a Amazônia em Portugal” com o qual tem vindo a desenvolver várias atividades de partilha de conhecimento e divulgação de uma agenda construtiva para a Amazónia. O Projeto participou em quatro edições da Feira do Livro de Lisboa e organizou duas Semanas da Amazónia na Sala de Âmbito Cultural do El Corte Inglés de Lisboa. É líder climática dos Núcleos Amazonas e Pará do The Climate Reality Project Brasil.
Agradecimentos
A todos os apoiantes, parceiros e instituições nomeados na divulgação do “Més das Amazónias” e aos generosos dinamizadores das conversas e mesas do evento.
A todas as funcionárias e funcionários da Biblioteca Palácio Galveias e às pessoas que representam, dão vida e embelezam as instituições: Fernanda Bandeira e Tereza Diniz d´Almeida (BLX); Profª Iva Pires (FCSH/Nova); Profª Patrícia Vieira (Universidade de Coimbra), Profª Camila do Valle (UFRRJ); Ana Cristina Carvalho (Cics Nova); Ricardo António Alves (Museu Ferreira de Castro); Mariana Botelho (Rede Globo), Vasco Marques Pinto (El Corte Inglés), Ivanete Leite e Gedião Vargas (Associação Internacional Luso Brasileira de Integração Arte e Cultura/ALBIAC) e ao Embaixador
Lauro Moreira.
Ao Márcio Souza (chefe do Departamento de Gestão de Bibliotecas -SEC); Sharles Costa (Gerência do Departamento-SEC); aos funcionários da Biblioteca Pública do Amazonas, Maria Clara da Gama Bentes (gerente da Divisão de Processamento Técnico); Valéria Lima Machado (bibliotecária) e a Dinamir Maia Ortiz (bibliotecária da Divisão de Documentação Amazônica, Raras e Especiais e Depósito legal); à equipe do Museu Amazônico da UFAM, Dayson Alves Teles (Diretor do Museu); Thiago Morais (Divisão de Difusão Cultural); Carolina Brandão Gonçalves (Diretora da Divisão de
Difusão Cultural); Rosângela Martins (bibliotecária); Bruno Trece (Divisão de Documentação) e Andressa Hiromi Yamamoto (Diretora da Divisão de Documentação); à equipe da Seringô, Professor Francisco Samonek e Lauro Samonek; à equipe da Escola do Legislativo, senador José Lindoso da Assembleia do Amazonas: Jander Lasmar (diretor); Roberto Sá (coordenador de Cultura); Paulo Mauricio Carneiro dos Santos e Ricardo Cabral da Biblioteca Anísio Thaumaturgo Soriano de Melo da Escola do Legislativo.
Gratidão a todos os construtores de pontes, não citados, que contribuíram na edificação da programação do “Més das Amazónias- Ler, Pensar e Sentir a Amazónia em Palavras, Imagens e Sons”, evento que nasceu a partir do processo criativo da exposição de fotografia, abrigou-a e com ela interagiu.
Ficha técnica
Assistente de Produção: Augusto Cândido Matos
Produção: Iris Brasil
Assessoria de Comunicação e Redes sociais: Iris Brasil e Vilma Reis
Tratamento de imagens: Celso Luís/Olha Já.
Impressões: Seringô, El Corte Inglês, D’Graus; Gráfica Conquista, Gráfica Loumar e Vitarte Publicidade
Montagem multimídia: Pedro Mendes e Diogo Pinto
Captação de som ambiente: Som da floresta e do ritual Kenêre do povo Apurinã no Amazonas: Micael Pereira / Expresso
Narração dos trechos de A Selva: Lau Zanchi
Montagem: Jean Móveis
Desenvolvimento do site: Juliana Pesqueira e Karoline Braga
Curadoria: Alberto César Araújo e Lau Zanchi